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O que vai acontecer neste mês com a primeira criptomoeda do mundo?

Confira mais detalhes na coluna do doutor em Comunicação e Linguagens, Moisés Béio Cardoso

Publicado em 10/04/2024 às 19:00
Atualizado em

Moedas Bitcoin (Foto: Canva / Reprodução)

O halving do Bitcoin está prestes a acontecer, iniciando um ciclo de hipervalorização da moeda e de outros ativos digitais. E assim, alimenta o sonho que muita gente tem de virar milionário da noite para o dia.

Mas primeiro, precisamos começar do básico, para pegar o “fio da meada” e entender porque esse assunto está em alta.

O que é o Bitcoin?

O Bitcoin surgiu em 31 de outubro de 2008, pelo criador Satoshi Nakamoto - que pode ter sido uma única pessoa ou uma equipe, uma vez que usou um pseudônimo. Ele divulgou a criação enviando um e-mail para uma lista de pessoas interessados em criptografia.

Além disso, ele publicou um manual (white paper) do BTC, explicando a política monetária, o funcionamento da operação e desapareceu um ano depois do lançamento desse projeto.

Em resumo, o Bitcoin é um dinheiro digital na modalidade “ponto a ponto” (peer-to-peer), ou seja, ele pode ser transferido de uma pessoa para outra sem o intermédio de instituições financeiras.

Isso significa que duas pessoas, morando em países diferentes, podem enviar e receber Bitcoins, de uma para a outra, sem precisar passar por um banco internacional. Como não existe um intermediário envolvido, essa transação é mais barata e rápida.

O Bitcoin não é controlado por nenhum governo ou empresa e por isso, não precisa ser impresso por alguma Casa da Moeda e não é controlado por nenhum Banco Central. O preço de mercado depende da lei de oferta e procura.

Como são feitas as transações?

O Bitcoin tem um cronograma de fornecimento pré-definido, havendo apenas 21 milhões de unidades. Essa escassez da moeda influencia diretamente no valor de mercado. A blockchain é onde as transações são executadas, que é um enorme banco de dados que faz o registro de todas as negociações das pessoas. 

Essa tecnologia permite que os próprios participantes sejam os auditores da rede, chamados de mineradores. São eles que ajudam a minerar os dados, com equipamentos eletrônicos caros e, por causa disso, recebem uma porcentagem da moeda como recompensa.

Mas o que é o halving do Bitcoin?

A cada quatro anos, o número de Bitcoins que os mineradores ganham por minerar os dados, é reduzido pela metade. Esse evento é chamado de halving, palavra que deriva de “half” (metade em inglês). Em 2009, eles eram recompensados com 50 BTC a cada 10 minutos de mineração. 

Depois de termos passado por três halvings, o valor da recompensa foi reduzido para 6,25 BTC a cada 10 minutos. E perto do dia 20 de abril de 2024, o valor cairá para 3,125 BTC.

Considerando que 1 BTC vale mais ou menos 68 mil dólares (até a data de publicação deste artigo), ainda é uma operação bem lucrativa. 

Um halving agita o mercado porque muitos acreditam que, depois disso, a criptomoeda aumenta de preço. Mas a verdade é que ninguém pode prever realmente o que vai acontecer. À medida que as recompensas pela mineração vão diminuindo nas próximas décadas, a moeda digital pode desestabilizar os incentivos econômicos necessários para dar segurança à criptomoeda.

O processo de mineração terminará quando o número de BTC em circulação atingir 21 milhões. Existe uma estimativa que isso irá acontecer próximo ao ano de 2140, e até lá muita coisa pode acontecer.

*Este artigo não traz nenhuma recomendação de compra do cripto ativo.

Confira mais detalhes do assunto no quadro Tech Mix, do Jornal da Mix:


Saiba mais sobre Moisés Béio Cardoso


"Sempre fui apaixonado pelas temáticas que envolviam a comunicação: vídeos, fotos, revistas, e eventos.", diz Moisés Béio Cardoso, doutor em comunicação e linguagens. Ele nasceu em Blumenau no ano de 1977 e se destacou na área de comunicação e tecnologia.

Atualmente, ele é consultor de comunicação digital e palestrante. Além disso, atua como investidor e Trader na B3.

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